domingo, 30 de maio de 2010

Como dizia Kay Jamison,


A maioria esmagadora das atividades humanas são programadas pressupondo-se uma constância de humor e estabilidade emocional inexistentes em grande parte das pessoas.


(Kay Jamison: psicóloga norte-americana).

O Fenômeno dos Hikikomori

Hikikomoru= fechar-se em casa.

Fruto dos costumes do Japão, a doença atinge jovens (muitos com depressão ou esquizofrenia) que se recusam a correr o risco de serem rejeitados e humilhados por não se enquadrarem às exigências da sociedade japonesa, marcada pela rigidez de valores.

Numa nação em que expressar os sentimentos é um hábito mal-visto, os jovens preferem guardar para si as suas angústias e, sustentados pelos pais, passam semanas, meses ou até anos a fio trancados em seus quartos, onde passam a maior parte do tempo dormindo, navegando na internet ou jogando videogame.

Muitos relacionam-se somente com amigos virtuais - que eles nunca chegam a conhecer -, evitam ao máximo o contato com a família e evitam sair de casa à luz do dia.

Grupo de risco: homens na faixa dos 16 aos 30 anos.

ALNS

sábado, 29 de maio de 2010

No Êxtase,




Estou no topo da montanha-russa, prestes a cair de novo, resignada.



ALNS

Ataque de Riso




Hoje tive um ataque de riso na igreja.

Na hora da música, a mulher que estava ao meu lado começou a cantar antes da hora.
Era incrível, o riso TINHA que sair, caso contrário eu me sentiria sufocada. Tentei segurá-lo do começo ao fim da música, enquanto levava beliscões da minha mãe, o que me fazia querer rir mais ainda.

Quando a música finalmente acabou e eu achei que a crise - que estava mais pra ataque epiléptico - tinha acabado, me veio outro impulso e eu tive que pedir licença.

Terminei de rir agachada sob o balcão da pequena recepção e sob o testemunho indiferente do meu irmão mais novo, que resolvera fugir da cerimônia e estava sentado numa cadeira lendo jornal.

Não entendo esses meus ataques de riso. Quanto mais formal a ocasião, mais insistentes eles são.



ALNS

terça-feira, 25 de maio de 2010

Eu estava pensando...

Por que será que os indianos são tão inteligentes?
Principalmente em matemática.
Quantas pessoas deixam a Índia todos os anos em direção aos principais Institutos de Engenharia do Primeiro Mundo?
Muitas, com certeza.


Viva Rajesh Koothrappali!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010


A Tarifa de Florianópolis é a mais cara do Brasil. Desde 1994 a população assiste ao aumento anual da tarifa até o absurdo valor atual de 2,95.
O pretexto é o aumento do salário dos motoristas de ônibus, mas todos sabemos que o lucro vai todo para os empresários que estão por trás do Transporte "Público" mais privado do Brasil.


Chocolate

A que tamanho de calça e nível de colesterol eu posso chegar?

Eu sei que algum dia isso vai ter que parar, mas esse com certeza é o momento da minha vida em que eu mais preciso do chocolate e, a não ser que eu me entregue à bebida, é impossível largar dele de um jeito que seja espontâneo.


ALNS

Vou Ser Sincera

Eu queria férias indefinidas, até que eu achasse que estou preparada.
Queria que o tempo "desse um tempo", para que eu pudesse respirar um pouco.
Queria ficar em casa quanto tempo fosse preciso.
Queria que os meus sentimentos fossem levados um pouco mais a sério pela minha família.
Queria receber uma resposta da única pessoa que poderia me ajudar agora.
Queria receber o apoio de amigos, e não de desconhecidos da televisão que me fazem rir um riso vazio.
Queria que as minhas conversas imaginárias fossem reais, e que eu tivesse amigos reais tão bons ouvintes quanto os meus amigos imaginários.

Pelo menos uma vez eu queria me apoiar numa pessoa em momentos difíceis, e não numa folha de papel reciclado e uma caneta roxa.




Não estou me esforçando agora, por isso temo o amanhã.
Não consigo olhar para os livros.
Nada me faz querer dormir e acordar amanhã. Não há motivos suficientes.
Eu sei que tenho que sair dessa, mas eu simplesmente detesto o que faço.
Gostaria que os três anos de esforço e abstenção tivessem sido suficientes. Mas não são.
Tudo depende do agora, e o agora parece um túnel sem fim.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Não Vou Ter Filhos


Um filho meu não terá que enfrentar este mundo. Ele estará bem melhor no Reino dos Céus, sortudo por não ter nascido.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Carta a Ele


Caro ele,

Essa é a trocentésima vez que eu escrevo para você desde que rompemos. Eu ainda espio o seu e-mail (por que você não troca logo essa senha?!); ainda tenho conversas imaginárias com você; e ainda sinto uma pontada de decepção quando descubro que você tem uma nova namorada. Sinto medo de ir àquele lugar e encontrar você de mãos dadas com alguém. Não vou poder conversar com você como da outra vez. Não vou parar de olhar para ela e pensar: que pena, logo estará de coração partido.

Você vai se casar um dia. Quem sabe até vai ter filhos. E no fundo eu não queria que você ficasse com ninguém; eu é quem queria ter uma lista de amores pós-você. Eu é quem queria que você descobrisse por fofoca que eu ando saindo com fulano de tal, apesar de eu achar que pra você isso seria indiferente, tão irrelevante quanto saber que o dólar está em baixa.

Acho que eu seria mais feliz se nunca tivesse te conhecido.
E mais ainda se eu nunca soubesse da sua existência.



Série: Meus Diários [5]

Esperando minha professora de japonês chegar:

"30 de abril, sexta-feira

Os dias têm sido uma maratona; a não ser à noite, quando me junto ao meu irmão caçula para assistir ao KIDS CHOICE AWARDS na Nickelodeon e dar gritinhos enlouquecidos quando o Justin Bieber aparece. O que é uma vergonha, eu sei. Há um tempo atrás, nem num UNIVERSO PARALELO eu faria esse tipo de coisa. Nem em OUTRA GALÁXIA eu deixaria explícita a minha adoração por uma figura pública que não sabe nem que a cidade onde eu moro existe, quanto mais que EU existo.
Vou tentar estudar um pouco as Figuras de Linguagem enquanto a Mayumi não chega. O que era o planejado desde o começo, até eu ter a infeliz ideia de registar o meu lado obscuro - que, aos 17 anos, assiste à Nickelodeon em plena 5ª feira - aqui neste caderno."




ALNS

Série: Meus Diários [4]

Não vou mais usar a letra em itálico, fica ruim de ler.

"3 de maio, segunda-feira.
A Biblioteca estava fechada no recreio, e eu tinha planejado ler 'Uma Mente Inquieta' hoje. Fiquei descendo e subindo as escadas pensando no que fazer para aproveitar o recreio da melhor forma. Vi um banco vazio no andar térreo mas fiquei com vergonha - eu sei que é idiotice - de ser vista sentada sozinha lendo no meio da multidão. Finalmente, tentei me convencer de que era invisível e ninguém naquela escola estaria interessado o bastante na minha vida para me ver entrando numa cabine de banheiro com um livro na mão e demorando um tempo maior do que o normal para sair.
A porta do banheiro estava fechada, mas não vi nada de mais naquilo, entrei e encontrei um grupo de meninas conversando e tirando fotos no espelho. Fingindo grande naturalidade, entrei numa cabine, sentei em cima da privada fechada e comecei a ler. Depois de alguns minutos, porém, percebi que as meninas demoravam a sair e comecei a pensar em por quanto tempo elas ficariam ali. Foi então que vi um tênis branco por baixo da porta e a pessoa começou a bater na porta dizendo: "Tem alguém aí? Quem está aí?" Ela se virou para comentar alguma coisa com as amigas e uma outra delas falou: "A gente não é cega tá, a gente sabe que você está aí."
Pensei que seria tão vergonhoso se eu saísse na hora quanto seria se eu continuasse ali me escondendo, então fiquei ali reunindo coragem por alguns instantes e tentei sair da cabine como se nada tivesse acontecido. Caminhei até a pia olhando para a frente e sentindo os olhares e risinhos e cochichos das meninas direcionados a mim, lavei as mãos numa última tentativa de mostrar que eu realmente havia entrado num reservado por motivos normais, saí do banheiro e consultei meu relógio - ainda faltava muito para bater o sinal. Me arrastei até a mesa onde se reúnem as meninas da minha sala e, sem olhar para elas, me sentei resignada com o meu livro deitado à minha frente. Fiquei olhando para ele por algum tempo, peguei-o para ler e bateu o sinal."


Afinal, qual o problema daquelas meninas? Eu tenho todo o direito de permanecer no lugar que eu quiser por quanto tempo eu quiser, afinal, eu não estava incomodando ninguém.



ALNS

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