domingo, 14 de fevereiro de 2010

confissões


Não sei se estou pronta para o começo das aulas e para toda a pressão que é o vestibular.

Me sinto quase que exatamente como eu saí das aulas ano passado.


Não tenho nenhum tipo de esperança de que este ano vá ser melhor ou diferente: já vi pela própria experiência que nada, nem o missassaguê, nem a fé na PL, nem os esportes, nada vai impedir as minhas crises e a minha insatisfação. Não me sinto com o sentimento renovado para 2010 e nem acho que vou melhorar. Se pelo menos eu tivesse ido à abertura, pelo menos alguma esperança ou vontade eu ainda teria.


Tenho medo de querer desistir no meio do ano ou logo no começo, ter o mesmo sentimento que tive no final do ano passado: querer fugir, sumir, largar tudo e desistir de mim mesma.


Eu ainda acredito na felicidade do amanhã, mas um amanhã em outra cidade, com outras pessoas, outra vida e outro eu, e o pior de tudo é que esse amanhã só depende do meu empenho hoje e no resto desse ano. Quando eu estiver desanimada, vou sempre pensar: "esse é meu último ano aqui, nessa cidade medíocre, com essas pessoas sem graça e fazendo o que faço hoje.


Se eu me esforçar só mais esse ano, tudo vai mudar. Só mais esse ano e estarei livre!"





E de repente, uma nuvem cobriu meu sonho.
Meu pai disse que eu só vou poder morar em São Paulo se for no internato. Quase surtei. E se ele não conseguir? Deixei bem claro para ele que internato é para filhos de mestre, mas ele disse que vai falar com o M. Ogata. Todos sabemos muito bem que este mestre é muito firme e rígido. Tenho poucas esperanças de que ele vá permitir e estou muito ansiosa. Se eu não conseguir uma vaga lá, vai ser o fim. Meu pai disse " a universidade daqui também é muito boa!"


Mas ele não entende. Não é exclusivamente por causa do nível da universidade que eu quero ir para São Paulo, porque não é a UFSC o problema: é TUDO!


Se eu continuar nessa cidade por mais um ano, eu não sei o que vou fazer. Não suporto a ideia de continuar morando na casa dos meus pais. Me senti muito sufocada naquela hora, e me veio à cabeça como eu sou dependente deles, e que a raiz de todo o problema é o dinheiro, como não poderia deixar de ser. Talvez eu comece a trabalhar. Se eu não conseguir vaga no internato, vou passar na USP assim mesmo. Porque algum jeito vai ter. Eu não vou ficar aqui de maneira nenhuma. ALGUMA coisa nessa vida tem que ser do jeito que eu planejei, pelo menos uma vez.


Primeiro, a prova do Japão. Agora isso! Não é possível...





O Ensino Médio é realmente um inferno.

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