sábado, 6 de novembro de 2010

Minha família vive nos moldes patriarcais. Meu pai, achando-se no Período Colonial, fez minha mãe largar os estudos de Estatística no IBGE para se casar e cuidar dos três filhos.
Há até pouco tempo, eu ficava me perguntando por que razão minha mãe não se defendia ou respondia quando meu pai lhe dava uma de suas broncas. Meus pais têm uma relação bastante estável, mas isso eu não podia aceitar de jeito nenhum, afinal, marido não é patrão de mulher e mulher não é empregada de marido.
Mas agora eu entendo.
Por que as mulheres se separam tanto hoje e antes não se separavam?
Porque antigamente, o seu instinto de sobrevivência as impedia. Como poderiam elas sobreviver sem o marido, se não tinham qualquer trabalho ou formação, não sabendo, muitas vezes, sequer ler e escrever?
Com a inserção da mulher no mercado de trabalho, assumimos o nosso compromisso com a liberdade e, se for preciso, nos divorciaremos, afinal, ter um marido deixou de ser uma questão de sobrevivência.
Divórcio tem, sim, seus pontos negativos (principalmente para os filhos, se houver), mas não é uma completa desgraça. Ele simboliza também um direito adquirido pelas mulheres, uma liberdade de escolha, um obstáculo derrubado para o nosso pleno desenvolvimento, enfim, uma EVOLUÇÃO.

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