terça-feira, 29 de junho de 2010

Depressão - Uma Epidemia




Hoje, na sala de aula, algumas pessoas estavam discutindo sobre um colega nosso que anda faltando muito às aulas. Nossas provas são à tarde, e às vezes nem isso ele vem fazer. Esse menino é alvo de brincadeiras dos colegas pela sua maneira engraçada de falar, e, quando vem à aula, fica sempre sentado no canto da sala, dormindo ou viajando.
Muitas vezes é difícil para as pessoas - principalmente as de natureza alegre - fazerem a distinção entre o que é preguiça, frescura e afins do que é melancolia, desânimo e depressão. Apesar de ser considerada atualmente uma doença "da moda" - junto com o estresse e a síndrome do pânico -, infelizmente ainda hoje muitas pessoas sentem dificuldade de enxergar quando a doença surge à sua volta muitas vezes por se prenderem à crença de que uma pessoa só está deprimida a partir do momento em que deixa de se alimentar, não quer sair da cama e dorme o dia todo. Na verdade, a depressão - entre outros transtornos - está muito mais próxima de nós do que imaginamos, muitas vezes disfarçada ou escondida por trás do comportamento de pessoas que sentem vergonha de expor o seu desânimo e desmotivação, em geral causados por um desequilíbrio químico no nosso cérebro.
Algumas pessoas costumam fazer confusão antes de finalmente "dar o diagnóstico" de que seu amigo/conhecido/parente possui a doença por esta ser de caráter contraditório em alguns sintomas, como por exemplo:

Alteração do apetite- alguns deprimidos sentem falta de apetite e sofrem perda significativa de peso num curto período de tempo durante uma crise, enquanto que outros têm o seu apetite (em especial por carboidratos, como bolos, doces e pães) aumentado, tendo episódios de compulsão alimentar que o farão ganhar peso durante um curto período de tempo.

Alteração do sono- enquanto alguns deprimidos sentem fadiga excessiva e vontade de dormir o dia todo (hipersonia), há doentes que chegam a ficar semanas sem ter uma noite bem dormida, seja por falta de sono (insônia) ou pela ocorrência de pesadelos.

Agitação ou Inquietação física/Lentidão de movimentos

Outros sintomas:

Indiferença, perda de interesse ou prazer na realização das atividades diárias (como estudar, ler, trabalhar)

Sensação de inutilidade

Diminuição na capacidade de raciocínio, concentração e atenção

Ideias recorrentes de morte ou suicídio

Alguns deprimidos ainda fazem uso de substâncias como o álcool na tentativa de se auto-medicarem ou se sentirem aliviados e relaxados temporariamente.

Há diversos fatores que podem dar origem à doença, entre eles:

Predisposição genética

Exposição prolongada a um fator estressante

Exposição a situação(ões) traumática(s) - como assaltos, sequestros, etc.

Perda de um ente querido

Doenças crônicas



Fonte de Consulta: Revista Mente e Cérebro em edição especial (Doenças do Cérebro: Depressão)


ALNS



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