terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Não sei por que sempre senti essa necessidade de aprovação pelo meu pai.

Desde que eu era criança até pouco tempo atrás, se meu pai criticasse alguém eu não gostava da pessoa, se ele não risse com um programa de televisão eu também não achava graça, e se ele declarasse qualquer coisa a respeito de qualquer assunto aquilo era lei para mim.

Eu até achei que havia me livrado disso, mas vejo que não. E mais: deixou de ser respeito para virar medo.

Ontem, por exemplo, nós estávamos tomando café quando passou uma reportagem na televisão sobre problemas de saúde relacionados ao excesso de peso e a uma alimentação desequilibrada. Ele apontou para a TV e depois para o bolo que eu e a minha mãe havíamos feito para o aniversário do meu irmão e disse: “Aí, ó.É por causa disso que essas coisas acontecem!!”.

Incrível mas, quando vi, eu já estava chorando. Não deu nem tempo de ir ao banheiro discretamente para secar as lágrimas, eu tinha que começar a chorar do nada bem ali, na frente dos meus pais.

Pus de lado o pão inteiro que estava comendo e me levantei para pegar um suco na geladeira. Enchi metade da minha caneca, olhei para ela e não consegui beber sequer um gole. Saí da cozinha.

Porque era eu que havia engordado nove quilos nos últimos tempos por alimentar diariamente o meu vício por açúcar; porque era eu que havia ajudado minha mãe a preparar os doces do aniversário do meu irmão, e por isso era eu uma pessoa errada, que fazia tudo errado, que não dava a mínima para a minha saúde aos olhos de meu pai.

E se para o meu pai eu estou errada, eu sou, de fato, uma pessoa errada.

Quando eu tive meu primeiro namorado, a cada beijo que dávamos, a cada abraço, a cada “eu te amo” que dizíamos eu me lembrava de que tudo aquilo era errado, era fora da “lei”, era vergonhoso por causa daquela conversa que meu pai teve comigo sobre namoro que não fosse com a intenção de casar, sobre namoro antes da idade, sobre namorar por namorar.

E eu sei que isso é ridículo, e que as ideias do meu pai são meio antigas, mas está lá, sempre esteve lá dentro de mim aquele instinto de nunca, jamais fazer o que ele me havia dito para não fazer, nunca fazer o que ele achasse errado, porque se fizesse ele não me aprovaria, eu não lhe daria orgulho, eu não seria a filha perfeita, eu seria uma pessoa ingrata.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

China Blue

Sugestão de documentário.

Produção desautorizada pelas autoridades chinesas, o documentário de 2005 acompanha a batalha diária de Jasmine, uma adolescente de 16 anos que deixa o campo para trabalhar numa fábrica de jeans na cidade, a fim de enviar dinheiro para a família.

As trabalhadoras são obrigadas a trabalhar dia e noite e a receber salários baixíssimos para poder cumprir prazos absurdos e vender as calças a preços mínimos impostos pelas empresas estrangeiras compradoras.

Incrível e, ao mesmo tempo, revoltante.



Assista no You Tube:








segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

História

Essa história é baseada em fatos reais.
Mas não quer dizer que não seja meio fictícia, meio imaginária.
Talvez seja fruto das expectativas de alguém (eu) para um dia normal.


Florianópolis, 13 de dezembro de 2010.

Tivera insônia e acordei com um sono terrível. Voltei a dormir. Quando, com muito esforço, me levantei de novo, peguei meu relógio de pulso na cabeceira e vi que haviam passado apenas 10 minutos. Fiquei pensando se iria ou não à aula, mas me lembrei da promessa que me fizera na noite anterior e levantei da cama.

Meus olhos custaram a abrir totalmente, e fui ligando as luzes lentamente para não machucar as pupilas. Arrumei-me com tranquilidade, o mesmo ritual de sempre: fazer xixi, escovar os dentes, pentear o cabelo, prender o cabelo, lavar o rosto, colocar as lentes, me vestir, me maquiar e rezar. Coloquei a calça que minha mãe me dera ( a calça era dela) pela primeira vez e ela se ajustou perfeitamente bem. Há muito tempo, desde que engordei 10 quilos, não me sentia bem com uma calça. Não precisei nem colocar o sinto para evitar o indesejável cofrinho. Sempre checo se engordei ou emagreci, e não tive certeza desta vez. Coloquei um par de tênis, depois outro, peguei minha mochila e corri para baixo antes que minha mãe fosse para a cozinha – eu tinha um segredo.

Larguei minha mochila no tapete, peguei minha garrafinha d'água, despejei toda a água na pia e abri o armário de bebidas do meu pai. Na verdade, o armário de bebidas é o mesmo armário dos copos; a prateleira das bebidas é a mais àcima, e morro de medo de que, numa dessas visitas furtivas ao “santuário”, eu acabe me atrapalhando ao pegar uma garrafa e deixe-a se quebrar no chão. “Vamos ver, o que vai ser hoje?”. Peguei a mais nova garrafa da prateleira – um “Johnnie Walker” - e enchi o fundo da minha garrafinha até a primeira listra com o líquido amarelado. Guardei o whisky e parti para a geladeira, onde sabia que havia uma garrafa de vinho, que misturei ao whisky até tingir todo o líquido de um roxo escuro. E pra que esperar? Engoli todo o conteúdo ali mesmo, antes que ouvisse os passos da minha mãe descendo a escada. Odeio gosto de bebida. Nunca consegui saboreá-la. Chego a me perguntar por que diabos as pessoas gostam tanto de beber. No último gole, já estava fazendo careta. Enxaguei às pressas a garrafa d'água na pia e novamente a enchi de água, para tomar depois.

Minha mãe chegou logo depois e perguntou se eu já havia tomado café. Meio confusa, menti que havia comido bolo e ela me pediu para ajudá-la a levar o lixo pra fora. A ideia era beber a “preciosa mistura” em jejum, pois assim faria efeito mais rápido. Dificilmente eu saio de casa sem comer alguma coisa mas, dessa vez, a vontade de comer havia sumido – acho que meu estômago não aguentaria um pedacinho de bolo que fosse.

Minha mãe me levou de carro. Só o Terceirão está em aulas, então senti uma certa estranheza ao me deparar com a entrada do colégio, outrora repleta de carros, pais e crianças saltitantes e agora, tão vazia e sem vida.

Mas logo percebi que nem tudo era triste – lá estava ele, sentado no banco de frente para a rua, esperando que alguém – quem sabe eu? - aparecesse. Era o D., o menino com quem eu havia passado a maior parte da festa que teve depois da formatura. Eu, completamente bêbada e já fora de mim, e ele, que bebera tanto quanto eu – ou até mais – mas era forte o bastante para não ficar no meu estado.

Fiquei me perguntando se ele se lembrava de tudo o que havia acontecido, de tudo o que havíamos passado juntos na primeira noite em que nos conhecemos de verdade. Engraçado, passamos um ano inteiro estudando na mesma sala e só fomos nos conhecer na noite da formatura. Deve ser porque eu não estava bêbada nos outros dias.

É como o personagem Raj, do seriado americano “The Big Bang Theory”: só consigo falar com indivíduos do sexo oposto se estiver bêbada. A diferença é que comigo as coisas não acontecem de um jeito mágico, como acontece com o Raj, que apenas num gole consegue se tornar autoconfiante. Para dar certo comigo, só bebendo “um pouco a mais” do que as recomendações diárias para o consumo de álcool (uma taça de vinho ou um copinho, daqueles de bar, de whisky por dia).

A dose que tomei nesse dia não foi o suficiente para me deixar desinibida, mas bastou para tirar um pouco a sensação de desconforto de me sentir imaginariamente “vigiada” e “ridicularizada” por todos ao meu redor, sem falar que é essa também, geralmente, a quantidade que tomo antes de ir para o basquete.

Enfim, acho que ele se lembrava daquela noite sim, porque logo que me viu me deu um sorriso, se levantou e veio me dar um beijo no rosto e um “oi”. Senti que ele ia falar mais alguma coisa, mas foi cortado pelo professor de biologia que chegou por trás de nós na mesma hora, dando bom dia com aquele seu sorriso perpétuo e se posicionando ao lado do D. para juntos seguirmos a nossa caminhada até o quarto andar do prédio.

No trajeto, o “T.” (como é chamado o professor), com o seu tom travesso de sempre, perguntou se o D. ainda estava de ressaca da festa de formatura, e o danado do garoto me entregou dizendo “Eu não, mas não sei a A.!”. A “bebedeira” matinal não me impediu de corar na hora. O “T.” olhou pra mim e, rindo como sempre, exclamou: “O quê?! A A. foi na festa?!Mas não era você a maior santinha, a única que sempre recusava os nossos convites para as festas e as viagens? E ainda por cima bebeu...!!”. Sem muito o que responder comecei a rir e a cobrir o rosto com as mãos, como sempre faço quando sou o motivo da graça ou o assunto da conversa de alguém. E ainda estávamos no segundo andar! Foi aí que o D. fez um gesto apontando para mim e olhou pro “T.”: “Olha lá 'T.', deixou a garota vermelha!”. E novamente o professor inclinou a cabeça para mim, só que dessa vez com um ar um pouco menos brincalhão: “Mas... Você bebeu mesmo A.?”. Ele não podia acreditar que uma CDF como eu poderia beber. Acho que ninguém acreditaria que qualquer CDF pudesse beber. Nós chegávamos ao quarto andar quando eu disse um “sim” que encerrou a questão.

Tentei abrir a porta do Terceirão mas estava trancada. Tudo estava numa penumbra, éramos as únicas pessoas no colégio além do cara da guarita e a coordenadora, que estava no andar de cima.

O professor também resolveu subir para a sala dos professores e ficamos lá, só eu e o D., um tanto sem-graças. “É engraçado como sempre bebo álcool com a intenção de me livrar da sociofobia pelo menos momentaneamente, mas tudo o que consigo é sentir tontura no basquete e sono na aula”, pensei. Sentia um leve torpor, mas nada que me permitisse olhar para o menino ao meu lado e dizer alguma coisa que fizesse sentido. Aquela noite que passamos juntos também contribuía para aumentar a minha tensão, agora que eu havia arruinado toda uma reputação construída e mantida cuidadosamente ao longo do ano. Sim, o “T.” tinha razão: “mas eu não era a maior santinha?!”. Não era eu que me dizia todos os dias, naqueles dois anos e meio que ficara afastada da vida social e – principalmente – do sexo oposto, que as pessoas que quisessem ser minhas amigas ou namorados o fariam por gostar de mim do jeito que sou, desse jeito soturno e acanhado que tenho? Por que beber então?

A essa altura dos meus pensamentos, o tal garoto ao meu lado, como quem não queria nada, esticou os braços espreguiçando-se e olhou para algum lugar na parede à nossa frente: “aaaaaaaaiai, não tava nada a fim de vir à aula hoje”. Não querendo discordar, falei: “pois é, eu também não tô muito a fim.” Nós sorrimos um para o outro. Já eram 7h20min, e a aula começava às 7h30min, e nenhum aluno, a não ser nós, havia chegado. Nem o professor que daria a primeira aula nós víramos chegando. Só o inspetor que ficaria no nosso andar acabava de chegar para abrir a porta da sala. “Caraca, vai ser mó chato, não tem ninguém”, ele disse. “É né...”, eu disse, como sempre, sem saber o que responder e meio lenta sob o efeito calmante da bebida.

As aulas de revisão para o vestibular eram abertas à comunidade, então alguns jovens desconhecidos começavam a chegar. O D. deu mais uma bocejada e, de repente, disse: “Pô A., acho que eu vou vazar... Antes que comece!” E eu, por impulso, fui na onda dele: “Ah, acho que vou também então” “O quê, você matando aula? Hahaha! Bora então?” Eu disse “vamos” e começamos a descer as escadas com uma pressa instintiva, passando por vários alunos que chegavam naquela hora, alguns conhecidos, outros não. Os que não nos conheciam nem ligavam, os que nos conheciam mas não haviam ido à última festa nos olhavam com estranheza por nos verem juntos, e os que nos conheciam e haviam ido à última festa nos sorriam com malícia e alguns – principalmente os amigos dele – até soltavam algumas piadas. Passamos inclusive pelo professor de física, que apenas nos olhou e não disse nada. Estava acostumado à evasão de alunos na sua aula.

Chegamos ao portão de entrada no térreo e pedimos para o cara da guarita abri-lo. Como sempre, ele abriu sem problemas e sem nada perguntar. Além de um “não liga pra eles” que o D. disse diante da zuação dos amigos na escadaria, não havíamos falado quase nada durante a nossa cruzada com destino à liberdade. Agora, mais do que nunca, eu sentia os efeitos do álcool correndo pelas minhas veias, entorpecendo-me, me dando leves vertigens e me tirando um pouco da sensibilidade que tinha do mundo exterior. Começamos a andar sem rumo e eu dei risadinhas. Ele me perguntou como havia sido a minha primeira experiência com a ressaca no domingo de manhã após a festa. Perguntou se eu havia vomitado e se senti muita dor de cabeça. Não vomitei porque não comera nada desde o café da manhã naquele dia, e sim, senti muita dor de cabeça. Contei que meu pai riu quando soube que eu havia bebido feito louca, era coisa nova pra ele. Minha mãe também não brigou comigo, mas ficou perguntando quem me havia introduzido ao mundo “das drogas”, nos seus termos.

Entramos na minha rua, já nos sentíamos mais à vontade um com o outro e falávamos sem parar. Sentamos no banco da praça e ficamos lá até quase as 10 da manhã, falando de bebedeiras da vida (dele), nossos futuros e o que cada um já fazia da sua vida. Na verdade, nós não nos conhecíamos ainda, e percebemos que éramos muito diferentes um do outro. Bem, isso era óbvio desde o começo do ano, com ele sentado no clássico “fundão” com os amigos bagunceiros e eu sentada num canto da primeira fileira, muito empenhada na minha tarefa de evitar qualquer contato social que não com os professores, e olhe lá.

Para mim a coisa mais divertida é conhecer gente com quem não costumamos lidar. Gente que não é do nosso “tipo”. O D. é assim, e acho que ele gostou de me conhecer também, apesar de estarmos bêbados no nosso primeiro contato, o que não nos diferenciava muito, mas foi essencial para uma aproximação inicial, por mais estranho que isso pareça.



ALNS

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sobre o post anterior

Achei engraçado a autora do livro (Atitude Profissional) falar justamente do banho, porque, acreditem se quiser, no primeiro ano do Ensino Médio eu costumava deixar de tomar banho para ter mais tempo de estudar, porque eu meio que achava essas pausas um desperdício de tempo. Por mim eu passaria o tempo todo estudando, seja andando na rua, tomando banho (às vezes ligava o som no banheiro e ficava ouvindo um CD do curso de inglês) ou comendo, o que eu até conseguia às vezes.

Acontece que, com toda essa obsessão, o meu rendimento escolar caiu e eu acabei virando um zumbi arrogante, porque não falava mais com as pessoas – nem com a minha própria família – e, nos dois anos seguintes (até o dia de hoje) acabei desenvolvendo uma certa aversão pelo estudo, pois comecei a associá-lo ao sofrimento e à chatice. Tudo bem que estudar é, realmente, se esforçar, mas não precisa ser tão doloroso assim. Na verdade, é uma dádiva ter a oportunidade de estudar. E o mais legal é que, se durante essa época de estudo excessivo eu desprezava as pessoas que não gostavam de estudar, hoje, depois desse período que passei sem conseguir sequer olhar para um livro do colégio, eu entendo que, por mais que saibam que “estudar dá futuro”, muitas pessoas não estudam simplesmente porque não nasceram para isso. Ou seja, não é bom fazer algo forçado só porque os os outros (ou a sociedade)diz(em) que isso é o certo para você.

Sei lá, cada um tem as suas preferências.

O Funcionamento do Cérebro


Os intervalos são os períodos em que mais criamos.

Ao longo do dia, recebemos continuamente uma série de estímulos através dos nossos sentidos. Ao fazer uma pausa qualquer, seja dormindo, fazendo uma refeição, indo a pé para algum lugar ou até mesmo tomando banho, nosso cérebro se ocupa do trabalho de organização e reorganização das informações que recebemos. Como cada cérebro tem as suas peculiaridades, as formas de organizar cada fragmento de informação diferem de um para outro, motivo por que é praticamente impossível que duas pessoas tenham ideias exatamente iguais ou pensem da mesma forma.

A maneira como nosso cérebro pega fragmentos de várias informações e os une a fragmentos de outras informações, montando novos quebra-cabeças, é que define a peculiaridade de pensamento de cada indivíduo e uma criatividade maior para uns ou para outros.

Logicamente, quem busca estimular o cérebro com informações úteis, interessantes e de forma prazerosa, lendo, conversando com os mais diversos tipos de pessoas, conhecendo lugares, entre outras atividades, tem mais chances de ter ideias inovadoras, criativas e construtivas.


Fonte: Atitude Profissional, de Lígia Fascioni.

sábado, 4 de dezembro de 2010



Às vezes acho que ser baixinha me faz perder a credibilidade.
Cansei de ouvir frases como "ela é baixinha, mas joga bem", "ela é baixinha, mas é forte", "ela é baixinha, mas é brava".
Por que será que as pesssoas gostam tanto de ligar personalidade à altura? É como se eu fosse uma figurinha ridícula só por ser baixa.
E quando se é gorda, então...
Quer dizer, gordos são inseguros. Só comem a mais porque estão insatisfeitos com a sua vida. Ou o argumento mais interessante: só comem a mais para compensar a falta de sexo.
Muitos gordos são engraçados, mas só fazem piadas para esconder a sua natureza insegura, a sua baixa auto-estima. Eles desviam o assunto para os outros para não ter que rir de si mesmos. Quando não riem de si mesmos, já que muitos utilizam as piadas quase que totalmente para a auto-degradação.

Enfim, eu tenho dificuldades para achar roupa para mim, já que sou gorda e baixinha.
E, mesmo assim, não adianta nada você melhorar a sua aparência com roupas e maquiagem se você é gorda. Quer dizer, você vai continuar sendo gorda se você fizer isso.
E, hoje em dia, se você é gorda você tem algum problema psicológico ou vai morrer a qualquer momento. Você não entrou na onda de alimentos naturais. Você não gosta de frutas e verduras, não pratica 30 min. de exercícios físicos por dia, não tem uma vida social saudável e um estilo de vida equilibrado.

Então é isso, eu tô indignada porque estou gorda e não acho roupa pra mim. E pessoas inteligentes, em geral, são magras, porque são concentradas no que fazem e muitas vezes se esquecem de comer. Conclusão, eu sou gorda e burra.
Tchau.




Se você se sente deslocado entre as pessoas, acha que nunca vai se encaixar em nada, acha todo mundo fútil e medíocre, não se acha normal, tem quase certeza de que algo não funciona bem no seu cérebro e procura fugir destes pensamentos martirizantes fazendo o que gosta, pode ficar tranquilo, você vai se sair bem.

Você não é idiota, os outros é que não enxergam direito.

Deviam ensinar isso para as crianças na escola. Iria evitar o sofrimento de muitos pequenos excluídos.

Quando você cresce, tem os primeiros contatos com a vida, percebe que muita coisa do que você considerava importante ou legal não valem absolutamente nada, e começa a rir das pessoas "legais" que riam de você quando você as achava legais.

É a vida.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


Vestibular, por que não nos deixas fazer o que queremos?

Nós só queremos ser úteis, pela primeira vez na vida, fazendo algo que, teoricamente, gostaremos de fazer. Por que impedir ou dificultar o caminho de quem foi um peso para o sistema a vida toda e, agora, só quer ajudar?

Todos deveríamos ter o direito de ser o que queremos, ter a profissão que queremos, ajudar com as ferramentas que temos, e encontrarmos portas abertas, de livre acesso para isso.

O vestibular é uma dessas portas emperradas.

Quem sabe os mais pobres ou mais impedidos de buscar os seus sonhos são os que mais tenham vontade de mudar a realidade do mundo ou de sua comunidade. Mas encontram portas emperradas por todo e qualquer caminho por que tentam seguir, e estagnam, passando o seu legado miserável aos seus filhos e netos, que não têm culpa de nada, nem de seu próprio nascimento.

E acabam fechados numa prisão por se verem cercados de portas emperradas, que os obrigaram a cavar um buraco num chão sem fundo, e cavar sua cova, e o seu fim, e a sua degeneração até se verem presos mais uma vez, enterrados.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As Origens do Terrorismo Árabe



Após a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra passou a apoiar o reagrupamento dos judeus – àquela época, espalhados pela Europa – e promover a sua volta ao território da Palestina (então ocupado pelos árabes, que afirmaram a sua posição contrária à imigração).


Em 1947, por pressão dos EUA e da Inglaterra, a ONU criou o Estado de Israel, que ocupava grande parte da região da Palestina. Desde então, guerras entre árabes e israelenses, com direito a atentados e à morte de milhares de civis, têm sido travadas pelo direito à ocupação das terras, ricas em recursos hídricos e petróleo. Os EUA têm dado apoio irrestrito a Israel através do envio de arsenais e soldados e de acordos estratégicos com a ONU que visam favorecer sempre aos israelenses.


A partir do momento em que os EUA passaram a apoiar os judeus, surgiram no Oriente Médio grupos político-religiosos que entendiam que a origem dos conflitos e de todas as consequências destes – morte de inocentes, expulsão de famílias de determinados territórios – estava na política ocidental, liderada pelos EUA, de favorecimento a Israel. Estes grupos – entre eles: Hezbollah, Al Qaeda (grupo afegão liderado por Osama Bin Laden) e Hamas – promovem atentados terroristas não só aos judeus, como também aos seus “tutores” ocidentais, destacando-se entre os atentados o do 11 de Setembro de 2001.


É verdade que os atentados do 11 de Setembro causaram muitas mortes, porém muitas vezes esquecemos de que toda a dor e o sofrimento de milhares de palestinos e judeus inocentes que morrem todos os anos, e têm de conviver com esta guerra que não tem previsões de acabar, tem, em parte, como responsável o modo como os EUA conduzem a sua política externa.






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